quinta-feira, 20 de agosto de 2009



...um dia, quando a ternura for a única regra da manhã,
acordarei entre os teus braços,
a tua pele será talvez demasiado bela,
e a luz compreenderá a impossível compreensão do amor.
Um dia, quando a chuva secar na memória, quando o inverno
fôr tão distante, quando o frio responder devagar
como a voz arrastada de um velho, estarei contigo e
cantarão pássaros no parapeito da nossa janela, sim, cantarão
pássaros, haverá flores, mas nada disso será culpa minha,
porque eu acordarei nos teus braços e nao direi nem uma palavra,
nem o princípio de uma palavra, para não estragar
a perfeição da felicidade"


José Luís Peixoto in "a criança em ruínas"

8 comentários:

Be Lins disse...

Nossa!!!
que perfeito esse post,
lindo de viver.

Parabéns!

Janaína S. disse...

Nossa, que lindo!
Derrete o coração todo..


Gostei do seu blog.
Beijoos.

Solange Maia disse...

Concordo que as vezes o momento pede silêncio... parece que aumenta os outros sentidos...

Lindo !!!!


Beijo

Carol Colicigno disse...

Perfeito. Só o nome dele que me incomoda um pouco.

Rosemildo Sales Furtado disse...

Oi amiga! Passei para te desejar um ótimo final de semana e dizer que fizeste uma bela escolha. Agora, será que existe felicidade completa?

beijos,

Furtado.

Priscila Rôde disse...

Meu Deus, que perfeição!

. disse...

Texto muito lindo! O silêncio às vezes é necessário mesmo...

Beijos e pétalas.

J Araújo disse...

Concordo com vc. E acredito que a ternura acompanhada do amor é melhor ainda.

Bj